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Dicas para iniciar a Plantação de Mudas de Eucalipto

O plantio de eucalipto é um negócio que está em alta no Brasil. Você sabia que hoje há muitos produtores que inclusive plantam as árvores sob encomenda para empresas de fabricação de móveis? Elas chegam a deixar a negociação de compra estabelecida antes mesmo da plantação e, em muitos casos, até a pagar anteriormente ao plantio.

Confira seis dicas importantes do site MF Rural para você que pensa em iniciar um negócio no ramo:

1) Escolha adequadamente onde plantar

O ideal é que a plantação de eucalipto seja concentrada em local afastado das áreas urbanas. Isso é necessário para que as árvores tenham espaço suficiente para crescer de forma saudável.

O terreno pode ser plano ou acidentado, mas é imprescindível que o local tenha fácil acesso e gere praticidade para o trabalho da equipe que vai realizar o corte da madeira.

2) Prepare o terreno

Algumas precauções com relação à limpeza da terra se fazem necessárias. É preciso retirar todas as impurezas que possam atrapalhar no crescimento das árvores, como é o caso das pragas e ervas daninhas.

Nessa fase, também é recomendada a utilização do enriquecimento da terra com a adição de matéria orgânica e outros produtos que renovam os nutrientes para favorecer o desenvolvimento das árvores.

3) Planeje os carreadores

Para garantir que a poda ou o corte do eucalipto ocorra de forma eficiente é necessário que os funcionários contem com espaço suficiente para executar essa atividade. Uma ação muito importante nesse contexto é planejar os carreadores. Em resumo, isso significa fazer com que os espaços entre uma fileira e outra de eucaliptos fiquem livres, permitindo a movimentação.

Os espaços entre as fileiras podem ser de no mínimo cinco metros. Dessa forma, a luz do sol pode penetrar a área e os caminhões podem se aproximar para fazer o transporte das árvores depois de cortadas.

4) Faça o espaçamento das mudas de forma eficiente

As mudas de eucalipto não podem ser plantadas muito perto umas das outras, porque isso atrapalha as podas, o corte e também prejudica o crescimento das plantas.

Se a finalidade do eucalipto é a faqueação e laminação, o ideal é respeitar uma distância de três metros entre as mudas. Essa técnica possibilita que as plantas recebam mais nutrientes do solo e possam se desenvolver de forma eficiente. Se o eucalipto for utilizado para lenha ou carvão, no entanto, a distância de plantio das mudas pode ser reduzida para dois metros.

5) Escolha a melhor espécie para a sua região

Sim, o eucalipto se adequa com facilidade a todas as regiões e clima. Mas escolher as espécies que mais estão de acordo com as características do plantio pode garantir que as plantas se desenvolvam em menor tempo e mais saudáveis. Afinal, você quer evitar prejuízos na hora do corte, não é mesmo?

Então, analise as condições do solo e clima para, depois, pesquisar as mudas de eucalipto que mais são adequadas ao local. Por exemplo, se a terra é fértil e o clima é quente a maior parte do ano, uma boa opção é a espécie Eucalyptus Saligna Smith, ótima para a produção de madeira.

6) Plante na estação chuvosa

Plantar as mudas nos períodos mais chuvosos do ano favorece que a plantação de eucalipto seja bem-sucedida. Estudos científicos apontam que nessa fase elas precisam de um solo mais úmido para se firmarem e desenvolverem adequadamente, o que reduz as perdas de árvores por morte da raiz.

fonte: G1

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Cultura do eucalipto em Alagoas ganha novo impulso

Quando os primeiros projetos para expansão de plantio de eucalipto em Alagoas foram anunciados há mais de dez anos, a meta principal era o fomento à criação de uma nova cadeia na fabricação de móveis – incluindo uma futura fábrica de MDF no Estado fruto da parceria do grupo alagoano Caetés com a então Duratex.

Enquanto a fábrica não chega, a instalação em tempo recorde de uma das maiores usinas de biomassa no Nordeste em Marechal Deodoro está impulsionando a cultura do eucalipto em Alagoas para um novo uso: geração de vapor para impulsionar grandes plantas industriais.

Inaugurada oficialmente semana passada, no Polo Multifabril Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, a nova usina de biomassa foi erguida pelo braço brasileiro do grupo francês Veolia com o objetivo de produzir todo o vapor necessário para a fábrica de PVC da Braskem, localizada no mesmo polo e considerada a maior planta de PVC da América Latina.

Com mais de R$ 400 milhões de investimentos e capacidade para gerar 900 mil toneladas de vapor por ano (que devem reduzir a emissão anual de cerca de 150 mil toneladas dos chamados gases de efeito estufa), a Veolia ficará responsável pela operação, manutenção e gerenciamento da usina durante duas décadas, incluindo a gestão agroflorestal da biomassa (plantio, manutenção das florestas e preparação da biomassa) e da inserção de outras fontes circulares de biomassa, que visam a valorização energética de resíduos como pallets, entre outros.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Nogueira, a nova planta da Veolia consolida a expansão da produção de eucalipto no Estado. “Não tenho dúvidas de que, até mesmo pelo seu porte e capacidade de produção, a nova usina de biomassa vai impulsionar ainda mais a produção do eucalipto no Estado ao representar mais uma alternativa de escoamento da produção local”, diz Nogueira.

Com suas quatro caldeiras com capacidade de processamento toneladas de eucalipto por hora, estima-se que a usina de biomassa da Veolia seja responsável pelo consumo de cerca de 15% toda a produção atual de eucalipto no Estado. “Ao usar a biomassa com base no eucalipto, que ainda tem a vantagem de ter um teor de cinza muito menor do que de outras fontes, a nova usina também projeta Alagoas como um polo importante de energia renovável no Nordeste”, diz José Nogueira.

Segundo o diretor da área de Energia e Descarbonização Industrial da Braskem, Gustavo Checcucci, a usina segue o projeto do grupo de ser uma empresa carbono neutro até 2050. “Atualmente, 82% da energia elétrica comprada pela Braskem no mundo já é proveniente de fontes renováveis, e esta usina em Alagoas é mais um importante passo que inclui fontes térmicas renováveis na matriz energética da empresa”, diz Checcucci.

 

fonte: Agendaa

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Eucalipto gera 6 vezes mais lucro que gado e produção em florestas dispara

Atraídos pelos maiores rendimentos, que chegam a ser até 6 vezes maior que a pecuária, produtores do Estado Sul-Mato-Grossense tem investido cada vez mais no cultivo de florestas de eucaliptos. Em 9 anos, a área plantada pulou de 90 para cerca de 580 mil hectares, segundo dados da Reflore-MS (Associação de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).
Desse total, pequena parcela, de 20 mil hectares, é dedicada a outras culturas, como pinos e seringueira, o restante é dominado pelos eucaliptos. Segundo a Associação, o Estado ocupa o 4º lugar no Brasil em plantio de eucaliptos e, segundo a Seprotur, a área deve aumentar para 1 milhão de hectares em 2020.

A produção é quase exclusivamente dedicada à fabricação de celulose, sendo uma parcela de menos de 200 mil hectares para matéria-prima de carvão, energia e outros materiais.

Não é a toa que a maioria seja dedicada a celulose, já que a instalação de fábricas do setor no Estado foram as principais responsáveis pelo aumento do cultivo de eucalipto. O Governo do Estado ainda anunciou que outras duas podem vir para MS.

O município de Três Lagoas é considerado sede da produção com a localização da fábrica Fibria ,que produz 1,3 milhões de tonelada por ano, e a instalação da Eldorado, que começa a operar em dezembro, com expectativa de 1,500 milhão de tonelada anualmente.

Lucro – Com o aumento da demanda, produtores que já investem no cultivo comemoram a aposta e os lucros. “É hoje uma área muito promissora, que rende muito mais que a pecuária”, diz o produtor Chico Maia, antigo investidor da pecuária, mas que há 6 anos resolveu apostar no ramo desconhecido.

“Vi uma foto na revista e me interesseira pela silvicultura. Resolvi apostar, mesmo me chamando de louco. Eu mesmo plantei os primeiros eucaliptos e agora vejo a primeira colheita”, contou durante a colheita de parte do cultivo, que será utilizada pela fábrica Eldorado.

Nas contas do pesquisador da Embrapa, Armindo kichel, 1 hectare de eucalipto “bem aproveitado” rende entre R$ 7 a 9 mil ao fim de 6 anos, enquanto a mesma área, se for utilizada para pecuária tradicional – 1 vaca por hectare – rende R$ 1.200 mil no mesmo período.

Mas ele ainda diz que a lucratividade da pecuária em áreas degradas pode chegar a cair para R$ 50. “Hoje o pecuarista em algumas áreas tem baixa remuneração, mas ganha com alta valorização da terra a cada ano”, explica.

A maior diferença da lucratividade dos dois cultivos é que o eucalipto pede o investimento de cerca de R$ 5 mil, sendo a maior parte no início da plantação, e exige o tempo de espera de no mínimo 6 anos para o primeiro retorno financeiro. A árvore precisa desse tempo para ser cortada e vendida para uso em fábrica de celulose, mas para outros segmentos o tempo pode aumentar em cerca de 3 anos.

Ainda assim, o pecuarista acredita que o investimento em florestas é uma tendência para melhorar o aproveitamento do solo do Estado. “O mosaico do Estado está ficando cada vez mais definido. A região leste, com terra arenosa, acho que vai ser dominada pelas florestas”, aposta Chico.

Silvipastorio – As áreas de cultivo das florestas também crescem aliadas a proposta da silvicultura, que é a combinação de mais de um cultivo na mesma área.

No caso de pecuaristas, uma opção é o cultivo chamado de silvipastorio, que alia criação de floresta e gado no mesmo terreno.

“Pro pecuarista é a melhor forma, porque não tem que vender, se desfazer do gado, pra plantar a floresta. Dá pra conciliar as duas coisas perfeitamente”, diz Chico.

Dos cerca de 900 hectares com eucalipto da propriedade de Chico, 350 são cultivados em conjunto com o gado.

A diferença das duas áreas é que no terreno com silvicultura as árvores precisam ser plantadas com espaço de 10 metros, enquanto que no cultivo normal o espaço cai para 3 metros.

O pesquisador da Embrapa explica que a lucratividade no modelo de silvicultura, mais especificadamente no silvipastorio, cai 30%, no geral, devido a diminuição da área dedicada ao plantio de árvores. No entanto, ele frisa que dependendo da técnica utilizada na área o rendimento pode ser até maior que o de cultivo exclusivo de floresta.

Fonte: Campo Grande News