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Cultura do eucalipto em Alagoas ganha novo impulso

Quando os primeiros projetos para expansão de plantio de eucalipto em Alagoas foram anunciados há mais de dez anos, a meta principal era o fomento à criação de uma nova cadeia na fabricação de móveis – incluindo uma futura fábrica de MDF no Estado fruto da parceria do grupo alagoano Caetés com a então Duratex.

Enquanto a fábrica não chega, a instalação em tempo recorde de uma das maiores usinas de biomassa no Nordeste em Marechal Deodoro está impulsionando a cultura do eucalipto em Alagoas para um novo uso: geração de vapor para impulsionar grandes plantas industriais.

Inaugurada oficialmente semana passada, no Polo Multifabril Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro, a nova usina de biomassa foi erguida pelo braço brasileiro do grupo francês Veolia com o objetivo de produzir todo o vapor necessário para a fábrica de PVC da Braskem, localizada no mesmo polo e considerada a maior planta de PVC da América Latina.

Com mais de R$ 400 milhões de investimentos e capacidade para gerar 900 mil toneladas de vapor por ano (que devem reduzir a emissão anual de cerca de 150 mil toneladas dos chamados gases de efeito estufa), a Veolia ficará responsável pela operação, manutenção e gerenciamento da usina durante duas décadas, incluindo a gestão agroflorestal da biomassa (plantio, manutenção das florestas e preparação da biomassa) e da inserção de outras fontes circulares de biomassa, que visam a valorização energética de resíduos como pallets, entre outros.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Nogueira, a nova planta da Veolia consolida a expansão da produção de eucalipto no Estado. “Não tenho dúvidas de que, até mesmo pelo seu porte e capacidade de produção, a nova usina de biomassa vai impulsionar ainda mais a produção do eucalipto no Estado ao representar mais uma alternativa de escoamento da produção local”, diz Nogueira.

Com suas quatro caldeiras com capacidade de processamento toneladas de eucalipto por hora, estima-se que a usina de biomassa da Veolia seja responsável pelo consumo de cerca de 15% toda a produção atual de eucalipto no Estado. “Ao usar a biomassa com base no eucalipto, que ainda tem a vantagem de ter um teor de cinza muito menor do que de outras fontes, a nova usina também projeta Alagoas como um polo importante de energia renovável no Nordeste”, diz José Nogueira.

Segundo o diretor da área de Energia e Descarbonização Industrial da Braskem, Gustavo Checcucci, a usina segue o projeto do grupo de ser uma empresa carbono neutro até 2050. “Atualmente, 82% da energia elétrica comprada pela Braskem no mundo já é proveniente de fontes renováveis, e esta usina em Alagoas é mais um importante passo que inclui fontes térmicas renováveis na matriz energética da empresa”, diz Checcucci.

 

fonte: Agendaa

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